terça-feira, 14 de março de 2017

CAFÉ CONTRA ALZHEIMER? CAFEÍNA ESTIMULA ENZIMA QUE PROTEGE CONTRA DEMÊNCIA

Pesquisadores identificaram 24 compostos que estimulam uma enzima do cérebro capaz de nos proteger da demência.
E a notícia é boa para os amantes de café! Uma das substâncias benéficas é a própria cafeína, de acordo com os cientistas da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos.


O grupo de cientistas descobriu ano passado que a enzima protetora, chamada NMNAT2, tem duas funções no cérebro: proteger os neurônios do estresse e combater o acúmulo da proteína Tau.

Eliminar a proteína Tau é muito importante, já que ela está associada a doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Uma alteração na Tau é responsável pela morte de neurônios e combater a proteína pode ser uma alternativa para evitar o Alzheimer.

Com as informações descobertas em 2016, a equipe passou a testar substâncias para ver se elas aumentavam a produção da NMNAT2 no cérebro, para proteger os neurônios e acabar com a Tau.

Foram analisados mais de 1.280 compostos no estudo, publicado na revista Scientific Reports, e 24 deles aumentaram a produção de NMNAT2 no cérebro.

Qual foi a substância mais bem-sucedida? Cafeína

Para confirmar, os pesquisadores deram cafeína para camundongos modificados que produziam baixos níveis de NMNAT2. Como resultado, com o café os ratinhos começaram a produzir os mesmos níveis de enzima que ratos normais.
Além de ajudar na produção de NMNAT2, a cafeína também melhorou a memória de ratos geneticamente modificados para produzir altos níveis de Tau.
Podemos ajudar a avançar esforços para criar remédios que aumentam os níveis desta enzima no cérebro, bloqueando os efeitos debilitantes de doenças neurodegenerativas"

Hui-Chen Lu, professora de ciências bio-moleculares que liderou a pesquisa
Outro composto que impulsionou fortemente a produção da enzima no cérebro foi o rolipram, um medicamento cujo desenvolvimento como antidepressivo foi deixado de lado na década de 1990.
Também foram positivos os testes com ziprasidona, cantharidina, wortmannina e ácido retinóico. O efeito do ácido retinóico, derivado da vitamina A, também teve bom resultado.

"Aumentar nosso conhecimento sobre os caminhos no cérebro que parecem causar naturalmente o declínio desta proteína necessária é tão importante como a identificação de compostos que poderiam desempenhar um papel no futuro tratamento desde transtornos mentais debilitantes", afirma Lu. 


UOL, São Paulo

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

INDÚSTRIA DA CARNE REAGE À RELATÓRIO DE AGÊNCIA DA OMS

A indústria mundial da carne reagiu com fúria ao fato de ter produtos considerados cancerígenos pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS). A IARC divulgou relatório no qual sinalizou que carnes processadas como bacon e salsicha são cancerígenas, e que a carne vermelha também pode ser.
Em uma tentativa de minar até antecipadamente as constatações da IARC, o Instituto Norte­Americano de Carnes (Nami) acusou o órgão de "dramático e alarmista". "A carne vermelha e a carne processada estão entre as 940 substâncias analisadas pela IARC que teoricamente apresentam um certo `perigo`", afirmou Barry Carpenter, presidente do Nami. "Somente uma substância, um produto químico encontrado nas calças `legging`, foi declarada pela IARC agente não causador de câncer", disse ele.
Robert Pickard, professor da Universidade de Cardiff, que faz parte do Meat Advisory Panel (MAP), do Reino Unido, acrescentou: "Evitar a carne vermelha não é uma estratégia de prevenção ao câncer. Escolher uma dieta sem carne vermelha é uma escolha? não é vital para a saúde".
Carrie Ruxton, nutricionista associada ao MAP, disse que o consumo médio de carne pelos britânicos, de 71 gramas por dia, está muito perto do recomendado por especialistas do governo (70 g). "A maioria das pessoas não precisa reduzir o consumo de carne vermelha", disse. "Na verdade, alguns grupos como mulheres, adolescentes e crianças em idade pré­escolar poderiam comer mais carne para se aproveitar de seus muitos benefícios nutricionais".
Especialistas independentes demonstraram ontem cautela com as conclusões da IARC. "Embora haja evidências epidemiológicas para uma associação estatisticamente significativa entre o consumo de carne processada e o câncer colorretal, é importante enfatizar que o efeito é relativamente pequeno e o mecanismo está mal definido", disse o professor Ian Johnson, membro emérito do Institute of Food Research do Reino Unido.
"É inadequado sugerir que qualquer efeito adverso do bacon e das salsichas sobre o câncer colorretal é comparável aos perigos do tabaco, que é carregado de substâncias cancerígenas conhecidas", afirmou ele.
Este ano, outro relatório da IARC já havia declarado que o glifosato, agente químico usado em defensivos agrícolas, provavelmente é cancerígeno. A iniciativa levou a americana Monsanto, companhia que mais depende do glifosato em seus produtos, a se declarar "ultrajada" e acusar a IARC de "tendenciosa e movida por políticas".
"A IARC diz que você pode apreciar suas aulas de ioga e ginástica, mas não pode respirar o ar (cancerígeno de classe I) ou se sentar perto de uma janela por onde entra a luz do sol (classe I)", afirmou Carpenter, do Nami.
Fonte: Valor Econômico

domingo, 25 de outubro de 2015

TESTADA NOVA VACINA PARA COMBATER HIPERTENSÃO

Um estudo publicado na revista “Hypertension”, da Associação Americana do Coração, relata o projeto de uma vacina genética para combater a hipertensão, doença que mata por ano mais de 10 milhões de pessoas no mundo e acomete 25% da população brasileira.
— É o sonho de qualquer cardiologista — brinca Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, da USP).
O cardiologista lembra que a hipertensão é crônica e pode levar ao enfarte, ao AVC e a outras graves doenças. — Brinco aqui no ambulatório que, se causasse dor no pé, as pessoas não se esqueceriam de tomar remédio. Uma vacina de longa duração seria excelente porque evitaria a medicação diária, seu esquecimento, e reduziria o gasto do paciente, que muitas vezes toma mais de um remédio. Bortolotto conta que, no ambulatório da USP, dos cerca de 7 mil pacientes, todos graves, apenas 50% têm sua pressão sob controle.
Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, testaram em ratos uma vacina que tem como alvo o hormônio angiotensina II, que aumenta a pressão arterial, contraindo os vasos sanguíneos. A vacina induz à formação de anticorpos que inibem a angiotensina II, princípio semelhante ao dos remédios convencionais.
Segundo Hironori Nakagami, coautor do estudo e professor em Osaka, além de diminuir a pressão arterial nas cobaias por até seis meses, a vacina também reduziu danos nos tecidos do coração e dos vasos sanguíneos.

 Fonte: O Globo

SAIBA COMO OS MEDICAMENTOS MANIPULADOS PODEM AJUDAR A EVITAR DESPERDÍCIOS

Segundo a ANVISA, aproximadamente 20% de toda produção farmacêutica é descartada anualmente, o que resulta em um prejuízo superior a R$ 4 bilhões
A indústria farmacêutica oferece medicamentos em dosagens padronizadas, vendidos em quantidades pré-estabelecidas (na maioria das vezes maior do que a necessidade do paciente, outras não suprem a prescrição dos médicos). Já os medicamentos manipulados, são elaborados na dose recomendada e se encaixam perfeitamente à necessidade individual de cada paciente. 
A Farmácia Alquimia elabora a dose exata recomendada aos pacientes com indicação de composição qualitativa e quantitativa, forma farmacêutica e do modo de usar. Além disso, é possível economizar na compra, pois só é consumido o que exatamente foi prescrito. 
O índice de desperdício no Brasil é alto. De acordo com a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aproximadamente 20% de toda produção farmacêutica é descartada anualmente. Um prejuízo superior a R$ 4 bilhões; sem contar com o risco de automedicação, pois o paciente fica com medicamento sobrando em casa. Nos últimos dez anos, 28% das intoxicações aconteceram por uso indevido de medicamentos. 
Outro benefício da farmácia de manipulação é preparar medicamentos em cápsulas, comprimidos sublinguais, xaropes, sachês, gomas, shakes, chocolates, entre outros, o que possibilita melhor adaptação do paciente e consequentemente maior adesão ao tratamento. As doses são exatas e individualizadas, não sendo necessário partir comprimidos. 

Fonte: Site Folha Vitória

CONSUMIR CAFÉ NÃO AUMENTA E NEM DIMINUI RISCO DE OBESIDADE E DIABETES

O consumo de café não está relacionado ao aumento do risco de doenças relacionadas ao estilo de vida como diabetes e obesidade. Nem diminui a incidência desses problemas. É o que sugere um novo estudo realizado por pesquisadores dinamarqueses e publicado na última edição da revista científicaInternational Journal of Epidemiology. Pela primeira vez, os cientistas basearam os achados em informações genéticas dos participantes.
Para a pesquisa, foram utilizados dados de 93 000 dinamarqueses para levantar informações genéticas, hábitos de consumo de café e a existência de doenças relacionadas ao estilo de vida. Os pesquisadores então selecionaram alguns genes específicos conhecidos por aumentar a vontade de tomar café. Pessoas que possuem esses genes costumam consumir mais a bebida do que aqueles que não os possuem. A partir dessas informações, os pesquisadores conseguiram verificar se um maior consumo de café poderia aumentar ou diminuir o risco do desenvolvimento de doenças.
"Surpreendentemente, vimos que os 'genes do café' não estão associados a um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 ou obesidade. Isso sugere que o consumo de café não causa e nem protege as pessoas desse tipo de doença", disse Boerge Nordestgaard, autor do estudo e professor da Faculdade de Saúde e Ciências Médicas da Universidade de Copenhague.
 Veja Online

COLESTEROL ELEVADO PODE OCASIONAR ENXAQUECA

A frequência e a intensidade da enxaqueca parecem estar positivamente associadas com as taxas de colesterol total (CT) e lipoproteína (LDL) de baixa densidade (o chamado “colesterol ruim”), de acordo com um estudo publicado na edição de setembro da revista Pain Practice.
Pesquisadores italianos examinaram a avaliação lipídica realizada em 52 pacientes com enxaqueca (17 com e 36 sem aura) antes e após o tratamento profilático por três meses.
Os pesquisadores descobriram que níveis de colesterol significativamente mais elevados, tanto CT como LDL colesterol, foram encontrados em associação com alta frequência e intensidade das crises de enxaqueca. Em doentes tratados para enxaqueca, o número e intensidade das crises diminuíram significativamente em associação com uma redução significativa nos níveis de colesterol LDL e CT. Não existia evidência de uma correlação linear direta entre a frequência e a intensidade das crises e níveis de lipídios. Não foram observadas diferenças significativas para os subgrupos de pacientes com e sem aura.
Assim, este estudo mostra uma associação positiva significativa entre a frequência e intensidade da enxaqueca com o colesterol total e LDL, demonstrando pela primeira vez uma redução significativa destes parâmetros lipídicos após a profilaxia da enxaqueca.

Fonte: Pain Practice .  Volume 15, Issue 7, pages 662–670, September 2015

sábado, 24 de outubro de 2015

ALZHEIMER: Novo medicamento reverte a morte de células

Há esperança para os milhões de pessoas afetadas pela doença de Alzheimer, em todo o mundo. Pela primeira vez, um medicamento deu provas de reverter o mecanismo da doença.
Mesmo se a comunidade científica mantém alguma precaução, o otimismo é a nota dominante depois da apresentação dos resultados dos testes clínicos do Solanezumab, desenvolvido pela empresa norte-americana Eli Lilly.
Os primeiros resultados mostram que o medicamento consegue manter vivas células cerebrais que de outra forma seriam destruídas, em pacientes numa fase inicial da doença.
A doença de Alzheimer afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo. Pensa-se que o número suba para os 135 milhões em 2050. O custo global da doença está estimado em 555 mil milhões de euros anuais.
Fonte: Euronews