sexta-feira, 29 de maio de 2015

ANTICONCEPCIONAL MASCULINO DEVE CHEGAR EM 2018

Apesar de parecer uma realidade ainda distante, em poucos anos, os homens deverão ter à disposição um anticoncepcional masculino. O produto, que está em fase de testes, deverá chegar ao mercado em 2018.
Desenvolvido pela Fundação Parsemus, dos Estados Unidos, o Vasalgel será aplicado por meio de injeção nos vasos deferentes (que ficam nos testículos e carregam os espermatozoides até a ejaculação), bloqueando a passagem das células reprodutivas masculinas. O produto não modifica a produção de hormônios masculinos. Para a reversão, é injetada outra substância que dilui a primeira, e, em algumas semanas, o homem fica apto para ter filhos novamente.
A diretora da fundação, Linda Brent, explicou que o produto não influencia na ejaculação e no orgasmo. A substância bloqueia e filtra o esperma, permitindo que o sêmen seja liberado normalmente. A ejaculação continua da mesma maneira, mas sem esperma, afirma.
Segundo Linda, a expectativa da Parsemus é iniciar os testes em humanos a partir de 2016, mas, para isso, é preciso ter a aprovação do órgão de controle de saúde americano, Food and Drug Administration (FDA).
Fonte: Guia da Farmácia

quinta-feira, 28 de maio de 2015

TESTADA NOVA VACINA PARA COMBATER HIPERTENSÃO

Um estudo publicado na revista “Hypertension”, da Associação Americana do Coração, relata o projeto de uma vacina genética para combater a hipertensão, doença que mata por ano mais de 10 milhões de pessoas no mundo e acomete 25% da população brasileira.

— É o sonho de qualquer cardiologista — brinca Luiz Aparecido Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, da USP).

O cardiologista lembra que a hipertensão é crônica e pode levar ao enfarte, ao AVC e a outras graves doenças. — Brinco aqui no ambulatório que, se causasse dor no pé, as pessoas não se esqueceriam de tomar remédio. Uma vacina de longa duração seria excelente porque evitaria a medicação diária, seu esquecimento, e reduziria o gasto do paciente, que muitas vezes toma mais de um remédio. Bortolotto conta que, no ambulatório da USP, dos cerca de 7 mil pacientes, todos graves, apenas 50% têm sua pressão sob controle.

Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, testaram em ratos uma vacina que tem como alvo o hormônio angiotensina II, que aumenta a pressão arterial, contraindo os vasos sanguíneos. A vacina induz à formação de anticorpos que inibem a angiotensina II, princípio semelhante ao dos remédios convencionais.

Segundo Hironori Nakagami, coautor do estudo e professor em Osaka, além de diminuir a pressão arterial nas cobaias por até seis meses, a vacina também reduziu danos nos tecidos do coração e dos vasos sanguíneos.


Fonte: O Globo