terça-feira, 28 de abril de 2015

Por que algumas pessoas têm pedras nos rins?

Existem indícios de que a humanidade convive com cálculos urinários, também conhecidos como cálculos renais ou pedras nos rins, desde a antiguidade. Mas hábitos alimentares incorretos têm tornado o problema cada vez mais frequente na população.
"A quantidade de pessoas com cálculos renais vem aumentando ao longo dos anos, chegando a afetar 1 em cada 11 pessoas", explica Alexandre Danilovic,  urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
Os maiores vilões, segundo ele, são os alimentos calóricos e com excesso de sal, além da baixa ingestão de líquido e falta de exercícios físicos. Ficar sem se hidratar é arriscado para quem tem casos de pedras nos rins na família ou já enfrentou o problema: "Um estudo mostrou que se a população francesa consumisse 2 litros de água por dia por pessoa, o gasto com tratamento de problemas relacionados a pedras nos rins cairia pela metade", conta Danilovic. Mas saiba que consumir quantidades absurdas de líquido também não é bom

Minerais
"Os cálculos são minerais formados na urina com tamanhos que variam de milímetros até preencher todo o interior do rim, quando são chamados de coraliformes (pois têm formato que lembra o de um coral)", descreve o médico.
São vários os elementos minerais que podem se acumular nos rins para formar uma pedra, mas 80% dos cálculos são de cálcio. Isso significa que é preciso diminuir o consumo de lácteos, por exemplo? Nada disso. "Na verdade, uma dieta equilibrada em cálcio e com pouco sal é mais eficaz em prevenir cálculos de cálcio do que uma dieta pobre no mineral", comenta o urologista.  Ou seja: a melhor medida de prevenção é evitar salgadinhos, congelados e molhos prontos.
Os cálculos renais também podem ser resultado do acúmulo de ácido úrico ou de infecções frequentes. Ou, ainda, podem ser consequências de algumas doenças hereditárias raras.
Exames de urina e também de sangue podem apontar as causas específicas da formação de cálculos e assim ajudar na prevenção. "O tratamento preventivo reduz em 50% a chance de um novo cálculo", avisa Danilovic.

Relatos antigos
Há referências da presença de cálculos em múmias do Antigo Egito, mas os escritos mais antigos sobre o tema de que se tem notícia são de Hipócrates. O chamado "pai da medicina", que viveu na Grécia Antiga, formulou uma teoria sobre a formação de cálculos e escreveu sobre o exame de urina para auxiliar no diagnóstico.
"Hipócrates instruiu que médicos generalistas deveriam deixar o tratamento cirúrgico de cálculos para aqueles dedicados a isso", diz Danilovic.
Em geral, cálculos de até 4 mm têm 90% de chance de eliminação espontânea com o consumo aumentado de líquidos. Mas se as pedras crescerem muito ou estiverem em uma região do ureter (canal que liga os rins à bexiga) que obstrui a passagem da urina, é preciso intervir.
Quando os cálculos bloqueiam as vias urinárias, a urina reflui para os tubos do interior do rim, produzindo uma pressão que pode dilatar o órgão e até lesioná-lo. A dor que isso provoca é tão forte que pode vir acompanhada de náuseas e vômitos - só quem teve sabe.
"Atualmente, as cirurgias endoscópicas (através das vias urinárias) são as mais indicadas. Quando a pedra está no rim, pode-se usar um aparelho flexível com microcâmera para pulverizar  a pedra com laser. Esse tratamento é mais eficaz que usar máquinas de litotripsia extracorpórea", opina o médico.

Tatiana Pronin
Do UOL, em São Paulo

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Cerca de 40% dos brasileiros tem colesterol alto

O colesterol é considerado um tipo de gordura” produzido pelo organismo. Ele desempenha funções essenciais, como produção de hormônios e vitamina D. Entretanto, quando descontrolada a doença pode desenvolver problemas cardiovasculares.
A doença é classificada em dois tipos ruim e bom. O LDL colesterol é conhecido como "ruim", ele se deposita nas artérias e provocar o entupimento. Já o HDL denominado como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura, alerta o executivo da Drogaria Nova Esperança, Marcos Dávida Júnior.
Segundo Ministério da Saúde cerca de 40% dos brasileiros tem colesterol alto e doenças associadas a esse problema, como infarto e AVC, são apontadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo a primeira causa de morte no mundo.
Atividades físicas como natação, hidroginástica, caminhada e bicicleta são indicadas para equilibrar a doença. Além da alimentação balanceada, ela é a origem de 30% do colesterol e os outros 70% são produzidos pelo próprio corpo.

Fonte: Diário do Litoral

quarta-feira, 25 de março de 2015

MÉTODO SIMPLES DE PREPARO PODE CORTAR CALORIAS DO ARROZ EM ATÉ 60%

Uma xícara de arroz tem cerca de 240 calorias. Não é tão pouco, considerando que o grão é a base da alimentação brasileira e costuma ser ingerido em grande quantidade. Na segunda-feira, cientistas anunciaram um novo e simples modo de cozimento que pode reduzir seu número de calorias entre 50% e 60%.
O arroz possui dois tipos de amido: o digestível, absorvido pelo organismo, e o resistente, que não conseguimos digerir. Como o amido resistente não é quebrado em açúcar e absorvido pela corrente sanguínea, cientistas da Faculdade de Ciências Químicas do Sri Lanka buscaram formas de transformar o amido digestível em resistente, de modo a diminuir a quantidade de calorias do arroz.
Os pesquisadores desenvolveram um método de preparo que consiste em adicionar 1 colher de chá de óleo de coco à agua em ebulição e, somente em seguida, adicionar o arroz. Quando o grão cozinhar, ele deve ser refrigerado por 12 horas. "O resfriamento é essencial para transformar o amido digestível em resistente", afirma o líder do estudo, Sudhair A. James, que apresentou a descoberta no Encontro e Exposição Anual da Sociedade Americana de Química. "O ato de reaquecer o arroz não afeta os níveis de amido resistente", diz ele, cujo estudo ainda não foi publicado.
O próximo passo é estudar quais variedades do grão podem ser mais adequadas para este processo de redução de calorias. A equipe também investigará quais óleos, além do de coco, ajudam a transformar o amido.

Veja Online

terça-feira, 24 de março de 2015

Novo remédio oral contra o diabetes tipo 2 chega ao mercado


Pacientes que convivem com diabetes tipo 2 ganharam mais uma opção de tratamento para adoença. Acaba de chegar ao mercado um novo medicamento oral da classe dos inibidores de SGLT2, cujo mecanismo de ação permite a excreção do excesso de glicose pela urina. A empagliflozina (nome comercial: Jardiance), produzida pelos laboratórios Boehringer Ingerlheim e Eli Lilly, está sendo vendida ao preço médio de R$ 125 (caixa com 30 comprimidos).

Testes clínicos realizados com 1.616 pacientes de todo o mundo, inclusive brasileiros, mostraram que a empagliflozina também ajuda na redução do peso, uma vez que retira açúcar, ou seja, calorias do organismo. Pacientes que tomaram o medicamento na dose menor (10 mg) conseguiram perder 2,3kg após 24 semanas de avaliação, e aqueles que usaram a dose maior (25 mg) emagreceram 2,5kg no mesmo período.
Outras vantagens da droga comprovadas em estudo foram o controle da pressão arterial e a redução dos níveis de triglicérides (tipo de gordura ruim presente no sangue) e de ácido úrico. Todos estes fatores ajudam a diminuir o risco de complicações do diabetes, sobretudo de problemas cardiovasculares. No entanto, a empagliflozina aumentou o risco de infecções genitais nos pacientes.

— Foram episódios únicos, de fácil tratamento — diz o endocrinologista Douglas Barbieri, gerente médico de grupo da Eli Lilly.

Disfunção renal tira eficácia do medicamento

Segundo o nefrologista Artur Beltrame, a empagliflozina tem perda de eficácia em pessoas com disfunção renal moderada a grave.

— É um remédio que precisa de um rim bom, senão a glicose não chega até ele para ser eliminada — explica Beltrame, professor da Universidade Federal de São Paulo.
Ainda não existem estudos comparativos da eficácia da empagliflozina em relação a outros inibidores de SGLT2, como a dapagliflozina e a canagliflozina, que estão há mais tempo no mercado.
A nova droga foi testada com administração uma vez ao dia. Os melhores efeitos foram vistos em pacientes de 45 a 65 anos, com sobrepeso e hipertensão. Para pessoas acima de 75 anos, indica-se cuidado pela propensão à desidratação e à perda da função renal.

Fonte: EXTRA GLOBO 

NOVO MEDICAMENTO AJUDA A BARRAR A PROGRESSÃO DO ALZHEIMER

Um novo medicamento para Alzheimer apresentou benefícios para pacientes em estágio inicial da doença. O aducanumab foi testado em um pequeno estudo clínico com 166 pacientes, e os resultados foram apresentados na última sexta-feira (20/03), na Conferência Internacional de Doença de Alzheimer e Parkinson e Doenças Neurológicas Relacionadas, na França.

Os participantes do estudo foram divididos em cinco grupos. Quatro receberam doses diferentes do medicamento e um quinto tomou placebo. O tratamento diminuiu as placas de proteína beta-amiloide no cérebro dos pacientes. O efeito foi mais intenso quanto maior a dose que os pacientes receberam.
A farmacêutica responsável pelo desenvolvimento do produto, Biogen Idec ,vai começar o estudo clínico de fase III, mais amplo, ainda este ano. O diretor da empresa, George Scangos , disse em entrevista que os participantes do estudo foram selecionados cautelosamente, para excluir outras formas de demência diagnosticadas erroneamente como Alzheimer.
Fonte: Veja

segunda-feira, 23 de março de 2015

DISPOSITIVO DO GOOGLE PODE AJUDAR A CURAR O CÂNCER


O Google entrou com um pedido de patente na       Organização Mundial de Propriedade Intelectual       (WIPO) para um dispositivo para usar no braço         baseado em nanotecnologia  que pode destruir as células cancerígenas do sangue. A tecnologia chamada de Nanoparticle Phoresis é descrita como um dispositivo “capaz de modificar ou destruir um ou mais alvos no sangue que podem prejudicar a saúde”, o que inclui enzimas, hormônios, proteínas, células e outras moléculas. A tecnologia busca a mudança física ou química das substâncias invasoras através da transmissão de energia para os vasos sanguíneos. Essa energia pode ser liberada por frequência de rádio, campo magnético, impulso acústico ou luz infravermelha . "Ao reconhecer o alvo, que pode ser células de câncer, o aparelho modifica ou altera suas características; assim, o câncer poderá ser controlado", descreve a patente. De acordo com o site britânico The Telegraph, o Google declarou que está há, pelo menos, cinco anos de desenvolver um produto contra o câncer aprovado pelos médicos, mas fez questão de sinalizar que estão mais interessados em pesquisas sobre detecção do que modelos de tratamento.

Fonte: Época Negócios

quinta-feira, 19 de março de 2015

Vírus do HPV em meninas - Tire as suas dúvidas sobre a vacina


O Ministério da Saúde lançou novamente campanha de vacinação contra o vírus do HPV, causador do câncer de colo de útero, terceiro câncer que mais mata mulheres no Brasil.
A vacina é oferecida gratuitamente a meninas de 9 a 11 anos e protege contra os tipos mais letais do vírus. A imunização poderia evitar as cinco mil mortes anuais que acontecem por causa do desenvolvimento desse câncer facilmente prevenido.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recentemente aprovou a vacina para mulheres até 45 anos. Mas, para essa faixa etária, a imunização não é oferecida gratuitamente.
Muitas pessoas, no entanto, ficam receosas quando o assunto é vacinação contra o HPV, por causa de informações sobre o tema disseminadas principalmente na internet. A vacina pode causar paralisia de membros? Posso contrair o vírus por meio da vacina se minha imunidade estiver baixa? Veja essas e outras perguntas respondidas por especialistas na área:

1 - A vacina contra o HPV pode causar paralisia?
Logo no início da aplicação da vacina contra o vírus, notícias apontavam que algumas garotas ficaram paralisadas. No entanto, Isabela Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que foi provado se tratar de um caso de histeria coletiva.

"A vacina não causa paralisia. Milhões de doses já foram aplicadas no mundo todo há mais de 10 anos e não tem havido nenhum caso de evento adverso grave", tranquiliza a médica.

"O que aconteceu em São Paulo foi uma situação de histeria e medo. Tudo foi investigado e a situação que aconteceu foi mesmo de estresse. Já vi uma menina desmaiar com a vacina de hepatite B. Não era por causa da vacina, e sim do estresse", comenta a médica.
A especialista em cânceres ginecológicos e presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, Angélica Nogueira, confirma a informação.

"Os casos que aconteceram no Brasil não tinham relação com a vacina. A imunização é segura e evita uma doença muito relevante. Esse mito tende a derrubar um benefício importante. Recomendo intensamente a vacina", alerta a médica.

2 - A vacina pode causar efeitos colaterais? Quais?
Isabela explica que toda vacina pode causar efeitos adversos. "São bem raros, mas acontecem", diz ela.

"A vacina contra HPV pode causar dor no braço e o local da aplicação pode ficar vermelho, inchado e um pouco quente. São eventos adversos esperados e comuns", diz ela.
Segundo a médica, os efeitos colaterais dessa vacina são bem mais fracos do que as de outras imunizações conhecidas e amplamente aceitas pela população, como a vacina contra difteria, coqueluche e tétano, que costuma causar febre.

3 - Os riscos dos efeitos colaterais compensam os benefícios que a vacina traz?
As especialistas são unânimes: sim, compensam. "Sem dúvida nenhuma, o risco tende a zero, é mínimo. São eventos adversos leves e o que se quer prevenir são cinco mil mortes por ano e mais 15 mil novos casos de câncer de útero no Brasil, o que mais mata a mulher brasileira", diz a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

"Outras vacinas bem mais complicadas são aplicadas na infância e os eventos adversos são tolerados. A vacina do HPV é muito segura e causa pouca reação nas meninas", diz Isabela.
Angélica complementa que, se o câncer de colo de útero não for prevenido, a doença também pode causar infertilidade, alterações no útero, intestino e urina e levar à morte. "No País é comum ser diagnosticada já em estágio avançado", alerta a ginecologista.

4 - Basta uma dose da vacina para estar imunizado?
"Não é isso o que os estudos mostram. Uma dose não é suficiente", alerta Angélica. "A maioria dos estudos diz que o ideal é tomar três doses".

O Ministério da Saúde oferece a segunda dose após seis meses da primeira e a terceira dose cinco anos depois da segunda aplicação, como forma de reforço.

"Tem de tomar no mínimo duas doses", diz Isabela. "Há dois esquemas de vacinação: para menores de 15 anos, são três doses no intervalo de cinco anos". Ela explica que o sistema imunológico de garotas abaixo de 15 anos responde melhor do que as mais velhas, fazendo com que o intervalo de cinco anos seja seguro.

"Na rede privada, no entanto, preferem oferecer tudo em seis meses, por receio de cinco anos depois a garota não voltar tomar a vacina. Também está correto", diz ela.
O outro esquema de vacinação é destinado às portadoras de vírus HIV, de nove a 26 anos. Pelo fato de o vírus prejudicar a resposta à vacina, a médica explica que não pode esperar cinco anos para aplicar a outra dose, sendo mais seguro aplicar as três dentro de seis meses.

5 - A vacina protege contra qualquer tipo de HPV?
"Há dezenas de tipos de vírus HPV, mas essa vacina cobre os quatro principais tipos, os que mais causam câncer de colo de útero", explica Angélica.

"A vacina protege contra os tipos 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero e os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais", conta a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

"É importante lembrar, no entanto, que a mulher deve fazer os exames preventivos, como o Papanicolaou, da mesma forma", alerta Angélica.

6 - Tomando a vacina ainda é necessário usar preservativo?
Sim, é necessário. "O preservativo está indicado para prevenir várias doenças sexualmente transmissíveis (DST), como o HIV. A camisinha, no entanto, não protege 100% contra o HPV, já que não é necessário penetração para contrair o vírus", explica Isabela.

7 - A vacina é feita com vírus vivos? Se a imunidade estiver baixa, é possível pegar HPV ao se vacinar?
As especialistas explicam que não, a vacina não é feita com vírus vivos nem atenuados, como o caso das vacinas de catapora ou sarampo.

"Não se pega HPV tomando a vacina do HPV. Ela é feita com uma cápsula do vírus, mas sem o vírus dentro", explica Isabela.

"A pessoa vacinada fica com um vírus idêntico ao selvagem, mas sem conteúdo, sem DNA e sem aquilo que causa a doença. É apenas a cápsula", explica a médica.
O organismo, com essa cápsula, entende que é o vírus e fabrica anticorpos contra ele. A vacina protege mais pelo nível maior de anticorpos.

8 - O que acontece com quem opta por não se vacinar?
"Não vacinar é colocar a vida em risco. É uma doença com 50% de letalidade, uma doença grave", alerta Isabella. "Não faz sentido não se vacinar quando se tem uma imunização segura, gratuita e disponível para todas as meninas em todos os postos de saúde", diz ela.

Ela detalha que 80% da população sexualmente ativa, ao longo da vida, se infecta com o HPV. "Não é raro, não é um vírus do grupo de risco, não é um vírus que acontece com sexo inseguro. O HPV está no meio de todos nós", diz ela.

Isabela complementa: "A nossa realidade é de mulheres não vacinadas. Hoje, há muitas verrugas genitais, alta incidência de câncer de colo de útero, câncer da vagina e da vulva, além do homem, no canal anal e orofaringe. Se a mulher não puder se vacinar, ela precisa fazer uma adesão ao Papanicolaou, para identificar lesões precocemente e tratar. A vacina reduz o risco", diz a presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos.

9 - A proteção da vacina contra o HPV dura a vida inteira?
"Espera-se que não a vida toda, mas por muito tempo. De 10 a 15 anos é o que essa vacina já demonstra, mas toda vez que temos uma vacina com menos de 20 anos, não podemos falar que ela durará mais do que isso", diz Isabella. "É importante a vigilância, que existe no mundo todo, para identificar se precisa de reforços".
Isabella diz que as primeiras meninas que foram vacinadas no primeiro estudo científico estão sendo acompanhadas para verificar a duração da imunização.

10 - Por que a vacina não está disponível para meninos no Brasil?
Os meninos podem se beneficiar com a vacinação do HPV, explica Isabela, mas no Brasil a prioridade são as meninas. "O HPV é causa de câncer de pênis, mas esse câncer representa 2% dos casos em homens. Individualmente, é importante que o menino se vacine, mas levando em consideração questões de saúde pública, a prioridade são as mulheres, que estão morrendo a cada ano", explica a presidente da SBIm.

"A Anvisa, no entanto, também aprovou que a vacina seja usada em meninos, mas não é gratuita pelo Ministério da Saúde", diz Isabella.


Tribuna da Bahia - BA (12/03/2015)
por Elioenai Paes - iG São Paulo
Publicada em 11/03/2015 12:46:45